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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Produtores de leite do Agreste promovem mobilização em Garanhuns, sábado, 08 de abril.

A Associação dos Agropecuaristas do Agreste de Pernambuco (AGREPE) e a Associação dos Agropecuaristas do Sítio Baixo Verde (AGROLEITE) realizarão a mobilização A FORÇA DO LEITE, no próximo sábado, dia 08/04/2016, a partir das 09h, em frente a catedral de Santo Antonio, em Garanhuns. O movimento reunirá produtores de leite do Agreste de Pernambuco e demais pessoas e entidades envolvidas direta e indiretamente com a cadeia produtiva do Leite na região, com o objetivo de sensibilizar e reivindicar propostas que possam minimizar o grande impacto econômico e social que a pecuária de leite vem enfrentando em função dos efeitos da seca.

A bovinocultura de leite representa o maior número de estabelecimentos do agronegócio (mais de 50 mil propriedades), tem a maior participação no PIB do agronegócio pernambucano (cerca de 20%, R$ 1 bilhão apenas de receita primária), e é a principal fonte de geração de empregos e ocupação do agronegócio pernambucano (mais de 400 mil empregos diretos e indiretos). A cadeia produtiva do leite é a principal indutora e mola propulsora na geração de renda no Agreste, inclusive nas cidades, onde ficam fabricas de laticínios, fornecedores de insumos agropecuários, e prestadores de serviços.

10 proposições de curto, médio e longo prazo para a minimização dos efeitos da estiagem no agronegócio do leite em Pernambuco: 

1 - Milho fornecido ao valor de R$ 30,00/SC, 60 Kg (CEPEA 04/04/2017, R$28,86/SC, 60 Kg), com base na ficha sanitária fica limitado a venda por produtor de no máximo de 2kg/animal/dia. Centrais de distribuições no Agreste: Garanhuns/Águas Belas /Arcoverde/Pesqueira/São Bento do Una, entre outros; 

2 - Cana-de-açúcar picada ou bagaço de cana-de-açúcar no valor de R$ 100/tonelada. Com base na ficha sanitária, bagaço limitado a 6 kg/animal/dia ou cana picada bagaço limitado a 15 kg/animal/dia. Volumoso seria entregue nas centrais do Agreste e produtores fariam a retirada; 

3 - Limpeza de barreiros, barragens e açudes. Com mínimo de 30 horas por produtor e máximo de 100h por produtor. Podendo ser utilizado o critério 1 hora máquina vs número animais adultos. 

4 - Programa de multiplicação e ampliação das áreas de palma forrageira do Agreste, com suporte técnico para coleta e análise de solo, recomendações de plantio e manejo, distribuição de raquetes de palma (40 mil unidades por produtor) para que os produtores possam ser autossuficientes em suporte forrageiro mesmo em anos de grandes desafios climáticos; 

5 - Programa estratégico de recursos hídricos para o Estado de PE com construção de barragens e açudes ao longo do curso das principais bacias hidrográficas do Agreste como Rio Ipanema, Rio Canhoto, Rio Ipojuca, Rio Una etc. Visando reter grandes volumes de água e até mesmo a perenidade dessas bacias hidrográficas; 

6 - Programa de perfuração de poços para produtores rurais e finalização das obras da adutora do agreste para que indústrias lácteas e produtores possam ter disponibilidade e acesso à água em pontos estratégicos em toda a bacia leiteira; 

7 - Programa de transferência de tecnologias para o desenvolvimento dos produtores através de assessoria técnica nas áreas de produção de forragem, manejo, genética, sanidade e gestão de custos; 

8 - Desoneração (Isenção da alíquota de ICMS) para todos os insumos agropecuários, bem como isenção de ICMS para o leite e todos os derivados fabricados dentro do estado de PE; 

9 - Aumento da alíquota de ICMS (substituição tributária) para produtos oriundos do Centro-sul (sugestão para capitação de recursos para subsidiar as operações pautas do setor); 

10 - Serviços de apoio para que o pequeno produtor de leite, queijo e derivados artesanais sejam orientados quanto a formalidade, possam produzir conforme as regras existentes na legislação e possam ter acesso a mercado nacional

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